domingo, julho 29, 2007

 

Sta. Eufémia, Souto, Sto. Tirso de Prazins, Gominhães, S. Torcato, Aldão, Atães...

Respondendo ao desafio lançado aqui – catalogação de percursos BTT – um anónimo assinou o texto seguinte. Lindo! Isto é também criatividade. Uma resposta diferente ao desafio que tínhamos lançado. Esperamos receber outras propostas com percursos desenhados como lá se exemplificou.
Inspirados nele, estamos a ponderar mudar o âmbito deste fórum de ideias. Alargá-lo. Novidades para breve. Aqui fica o texto:

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De Souto para Prazins Sto. Tirso a subida não é fácil. É um percurso de inclinação acentuada, diríamos, se os percursos se classificassem entre pouco acentuados, acentuados e muito acentuados. Só em Prazins, já lá bem no alto, onde os reservatórios de água puxada a bombas de Sta. Eufémia, destoam no meio da paisagem, podemos desfrutar do verdadeiro prazer da subida. Para trás fica uma aldeia organizada, onde os velhos galinheiros serão um dia enormes discotecas ou, quem sabe, activas comunas, se as comunas forem o próximo substituto da instituição família. Souto tem um grande potencial a nível energético e a nível de espaços. Prazins Sto. Tirso tem o potencial de viver sobre o anfiteatro que é Sta. Eufémia. Sta. Eufémia é, como alguém referiu, uma aldeia em forma de anfiteatro. Sto. Tirso tem o privilégio de possuir os camarotes sobre esse anfiteatro. A paisagem, vista daqui de cima é, no mínimo, assombrosa.
Não há subidas fáceis, conseguimos no alto concretizar. Se houver, desconfiemos, pois é com toda a certeza uma ilusão de óptica.
Até Gominhães, e passando nos arredores de Selho, é um miminho. Não custa. É uma descida. Nunca há meditação nas descidas. Há adrenalina que se esgota no ciclista. Há adrenalina mas, ao contrário da energia da subida, não faz crescer as plantas à sua passagem. Descida feita, há o desconforto de no sentido oposto aquilo se transformar numa subida, íngreme, íngreme apenas para quem não está habituado a subir. De manhãzinha, em Gominhães, por entre ruas e ruelas limpas, estreitas, antigas e movimentadas, os sardinheiros despachando peixe anunciam a capela do "bom despacho". Na igreja matriz, ao contrário do que acontece na capela, aqueles sinos por mais festa que façam, tocam sempre um som de despedida.
Num abrir e fechar de olhos está-se em S. Torcato e pelo caminho ficou uma natureza viva, cheia de cruzamentos e cruzeiros, que como a história da galinha e do ovo, não se é capaz de definir qual deles chegou primeiro... - um cruzamento, se a decisão que lhe está subjacente não se lhe sobrepusesse, não seria dicotómico. Seria, no mínimo, tricotómico, se tricotómico existisse no dicionário português. Num cruzamento podemos ir em frente, para a direita ou para a esquerda. Mas, em cada um dos momentos, optámos por um dos lados, transformando a tricotonomia do cruzamento subjugada à dicotomia da decisão. Então, também os cruzamentos são dicotómicos. Há neles a direcção tomada e as outras direcções pelas quais não optámos. Não dá para dividir mais. Não há mais nada.
S. Torcado existe por entre mansões sem sanções e o grande mosteiro. Há percursos pedestres que também se fazem de bicicleta. “S. Torcato e seus Moinhos” é ainda melhor se feito de bicicleta. Em S. Torcato há riachos e ribeiros a serpentear-lhe a vida. S. Torcato é, como Sta. Eufémia, Souto, Sto. Tirso de Prazins, Gominhães, Aldão, Atães, bonito.
Depois, depois entra-se em Aldão e sobe-se, a mesma dificuldade que une Souto e Prazins une Aldão e Atães. A mesma subida, íngreme. O mesmo poder. A mesma gravidade desfeita. Em Aldão há um mercado abastecedor onde nada se comercializa. Há um canil e um gatil muito bem integrados - por que não temos um “porquil” e um “vaquil” em Sta. Eufémia? Falta de espaço, responderão os mais acertivos - muito bem, deixemos as piadas e continuemos a descrição da viagem quase na sua recta final.
Depois faz-se ou desfaz-se tudo, mas às avessas. Os vazios das descidas tornam-se nas inquietações das subidas. Em Guimarães tudo é lindo! Tudo é lindo é curial.

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© Anónimo

Adenda 1:

Em aldão, no alto, bem lá no alto, cerrando-se os olhos e fazendo-se muita força, muita força mesmo, consegue ver-se o mar. Aquele enorme vale dará um dia um enorme lago com ondas, onde, se a antevisão me permitir sem se ofender, se farão visitas subaquáticas às habitações que os longos anos souberam manter de pé. Aldão tem tudo. Guimarães tem tudo. Falta-lhe o mar...


sábado, julho 07, 2007

 

Circuitos BTT em Sta. Eufémia

Sta. Eufémia é rica em montes, carreiro e vielas. Se a Sta. Eufémia lhe juntarmos as aldeias vizinhas em todas as direcções, podemos construir muitos percursos de BTT. Depois podemos convidar os amigos, os atletas, os que adoram a natureza, para virem orientar-se nos circuitos aqui traçados.

Esta ideia passa por criar uma base de dados de circuitos de BTT a começar e a acabar em Sta. Eufémia. É simples construir e catalogar um circuito, um croqui. Podemos usar o google earth (http://earth.google.com/) para traçar o mapa. A altimetria do percurso ficará a cargo de outras ferramentas de medição.

Há aí alguém capaz de catalogar um percurso de BTT em Sta. Eufémia para podermos mostrar os nossos trilhos a desconhecidos?

Existem muitos sites de onde podem ser tiradas ideias para a construção de mapas BTT:

http://www.communitywalk.com/btt_extreme/map/26422

http://www.clubetrilho.com/
http://blog.visitantex.com/?p=44
http://www.clube-btt-cpr.com/Actividades/2005/LusoAlpes/descricoa_dos_percursos.htm
Etc

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