sábado, junho 12, 2010

 

Torre EDP: espaço radicalmente cultural

E de repente desaparece a torre que era o único ponto de referência em Sta. Eufémia. Não há mais nada. Temos um rio que não usamos. Temos bons espaços de monte que também não convertemos em espaços de lazer. Temos alguns espaços de ar que poderíamos aproveitar para converter e oferecer como espaços de atracão e referência mas, que, mais uma vez, fazemos o esforço para nos esquecermos deles. Ora, Sta. Eufémia agora não tem mesmo coisa alguma. Acabaram-lhe com a torre da EDP. Até aqui podíamos dizer, “quando chegares à torre da EDP do teu lado esquerdo pára por aí que estás em Sta. Eufémia”. E agora? Nada. É verdade que podemos dizer “quando chegares à serração estás quase em Sta. Eufémia”, mas, na serração está-se quase em Prazins também (e agora com a rotunda!). Ou seja, vivemos na terra do Quase, “quase uma boa terra para se viver”.

Não queremos criticar aqui quem toma estas decisões mas não deixamos de o fazer para quem deixa que algumas delas sejam executadas.

Com esta execução perdeu-se a oportunidade de criação do espaço Torre EDP radicalmente cultural. Em troca de quê? De uns candeeiros de Segunda Circular ou de entroncamento da A1. É triste, não é?


O que seria o Espaço EDP Radicalmente Cultural?


Seria um espaço construído na torre da EDP (que já não existe) onde no seu interior teria livros e as pessoas poderiam entrar, subir a torre pelo seu interior seleccionar o seu livro, sair, ler o livro e casa, voltar e repetir a sequência. Seria, pa
ra além disso uma torre que no seu exterior ofereceria oportunidades radicais, tipo escalada, slide, como já tinha sido referenciado aqui.

A EDP apoiaria uma transformação destas. Ou seja, se houvesse alguma capacidade criativa nos nossos políticos, este espaço poderia ter sido totalmente construído e pago pela EDP.


A torre já não existe. Ainda gostaríamos de saber quanto pagaram para deitarem abaixo.


São estas ideias chamadas de “out of the box” que os nossos políticos não conseguem ter, apresentar e muito menos argumentar. E vamos transformando o nosso país num espaço cada vez mais cinzento, por fora, por dentro é do mais obscuro que existe. Minado, perdendo-se oportunidades de bradar aos céus.

Como se pode ver na imagem recortada de um jornal, os ingleses fizeram uma coisa parecida com as velhas cabines telefónicas. Mas isso são os ingleses que são um povo criativo.


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